"Tenho sofrido poesia 
 como quem anda no mar.
 Um enjoo.
 Uma agonia.
 Sabor a sal.
 Maresia.
 Vidro côncavo a boiar.
 Dói esta corda vibrante.
 A corda que o barco prende
 à fria argola do cais.
 Se vem onda que a levante
 vem logo outra que a distende. 
 Não tem descanso jamais."
 António Gedeão, "Vidro Côncavo" in Poesias Completas (1956-1967),
 Livraria Sá da Costa Editora,Lisboa,1987  

https://www.youtube.com/watch?v=iLQzaLr1enE
 
















































































































































































































































 
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