
" Encosto o rosto às mãos, e embevecido
contemplo a construção das linhas,
e finjo-me esquecido
como se não soubesse que são minhas.
Como se não soubesse
comovo-me e entrego-me no sorriso total.
Construo o meu real
conforme me apetece."
António Gedeão excerto do poema "Memória sobre os teus olhos" 1967
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