" À hora em que as tardes descem, noite aspergindo nos ares, as coisas familiares noutras formas acontecem.
As arestas emudecem. Abrem-se as flores nos olhares. Em perspectivas lunares lixo e pedras resplandecem.
Silêncios, perfis de lagos, escorrem cortinas de afagos, malhas tecidas de engodos,
Apetece acreditar, ter esperanças, confiar, amar a tudo e a todos."
António Gedeão, Vento no Rosto
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