26.11.19

Vento no rosto



" À hora em que as tardes descem,
  noite aspergindo nos ares,
  as coisas familiares
  noutras formas acontecem.

  As arestas emudecem.
  Abrem-se as flores nos olhares.
  Em perspectivas lunares
  lixo e pedras resplandecem.

  Silêncios, perfis de lagos,
  escorrem cortinas de afagos,
  malhas tecidas de engodos,

  Apetece acreditar,
  ter esperanças, confiar,
  amar a tudo e a todos."

  António Gedeão, Vento no Rosto


















































































































https://www.youtube.com/watch?v=zNIHvRKzpD0

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